Informação e indicadores: conceitos, fontes e aplicações para a saúde do idoso e envelhecimento
Objetivo: auxiliar e capacitar profissionais e gestores de saúde na utilização de indicadores relacionados à saúde da pessoa idosa.
Objetivo: A pandemia de COVID-19 atingiu a toda a população brasileira, mas entre os idosos sua letalidade foi maior. Para este grupo, um dos principais fatores de risco para a mortalidade foi a presença de declínio funcional, ou seja, a necessidade de ajuda para a realização das atividades da vida diária. O número de pessoas que necessitam de cuidados vem aumentando no país. Esse aumento, entretanto, vem sendo acompanhado por uma diminuição da disponibilidade das famílias para dar conta dessa demanda. Por outro lado, os dados existentes nos sistemas oficiais de informação referentes ao cuidado de pessoas idosas prestado por familiares ou por pessoas contratadas são escassos no país. Sabe-se pouco, na verdade, sobre as características e necessidades desse enorme contingente de pessoas. Assim, esta pesquisa se propôs a investigar as condições de trabalho e saúde das pessoas cuidadoras de idosos, abrangendo tanto o cuidado realizado por familiares quanto aquele exercido de forma remunerada, por terceiros, no contexto da pandemia de COVID-19. A coleta de dados foi realizada através de questionário online autopreenchido, de agosto a novembro de 2020. Ao todo, participaram do estudo 5.786 pessoas. Após o tratamento do banco de dados, obteve-se uma amostra de 4.820 cuidadoras de pessoas idosas, das quais 51,2% eram não remuneradas ou familiares e 48,8% eram remuneradas. As informações coletadas abarcaram o perfil sociodemográfico, situação de saúde, características da jornada de trabalho e rotina de cuidados no período, dentre outros. Os resultados do estudo indicam, de forma inequívoca, que as condições para a realização do trabalho de cuidado de pessoas idosas, seja ele remunerado ou não remunerado, foram agravadas no período da pandemia. Para as cuidadoras familiares, os impactos para a saúde física e mental, associados a uma situação de maior sobrecarga no trabalho de cuidados, sobressaíram entre os aspectos mais preocupantes. Para as cuidadoras remuneradas, a desproteção social, a precarização das condições de trabalho e uma maior exposição a condições desgastantes na rotina de cuidados foram também identificadas. As conclusões do estudo apontam para um aumento das desigualdades de gênero, raça e classe social que perpassam o trabalho de cuidados, no período da pandemia. E sinalizam para a necessidade inadiável de ampliação e fortalecimento de políticas públicas voltadas para a população idosa e seus cuidadores(as), nos seus diferentes âmbitos.
Objetivo: Conhecer e dar visibilidade às boas práticas de municípios, estados e do Distrito Federal no campo da saúde da pessoa idosa . Com isso, espera-se divulgar e compartilhar experiências com gestores, profissionais de saúde e interessados em geral, além de incentivar estratégias e ações que contribuam para qualificar o cuidado à pessoa idosa no SUS, em consonância com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.